Hellen Cristhyan é um exemplo do quanto uma mulher pode fazer a diferença em uma comunidade. Baiana, veio para o Distrito Federal estudar na UnB e foi morar em São Sebastião. Com vontade de fazer muitas coisas na cidade, de campeonato de skate a saraus, mas sem conseguir apoio, teve a ideia: juntou-se a outras mulheres e alugou uma casa para transformar em ponto de cultura e acolhimento de mulheres vítimas de violência.

Com lema de “transformar a dor em arte e espalhar amor em toda parte”, nasceu na Rua 30 da Vila Nova a Casa Frida. Na porta, está escrito “igualdade, diversidade e amor”. Dentro, mulheres que ficam sem proteção da família e do Estado conseguem apoio, um local para morar, ajuda para conseguir trabalho e assistência jurídica para tocar a vida.

Em uma ação para integrar e valorizar a vizinhança, a Casa Frida levou a artista Michelle Cunha para uma oficina de grafite para mulheres. O resultado transformou a Rua Trinta na mais bonita de Sebas, como os moradores carinhosamente chamam São Sebastião.

Eventos de música, exposições, debates, palestras, aulas de yoga, dança, massagem, bazares, cursos de formação política e festas ajudam financeiramente o projeto, mas não são suficientes. Para ajudar no pagamento do aluguel e de outras despesas, a Casa lançou a campanha de financiamento Todas por Frida – para colaborar, é só clicar aqui.

Além de homenagear Frida Khalo, o nome da casa significa (F)eminismo, (R)evolução, (I)gualdade, (D)iversidade e (A)mor. Até 28 de abril, a Casa sedia uma exposição fotográfica do Foto Capital, que reúne alguns dos melhores fotógrafos de Brasília. “Em São Sebastião não há teatro, cinema, galerias, centros culturais e isso nunca impediu nosso desejo de existir, resistir e realizar juntas”, diz o texto da campanha de financiamento. Vamos nos juntar a essas mulheres incríveis?