Athos nosso de cada dia

Em 30 de junho de 2017 por Zuleika de Souza


Um dos privilégios de viver no Plano Piloto é a convivência diária com Athos Bulcão. Ele está no Parque da Cidade, nos palácios, na Rodoferroviária, na UnB, na Igrejinha, em muitas escolinhas de superquadra, no aeroporto, nos Sarahs: parece onipresente na cidade.

Sempre pensamos nele em azulejos, até parece sinônimo, mas Athos também fez adornos para o Cine Brasília, para o cinema do Jaburu e a capelinha do Alvorada. Um dos que mais gosto fica no edifício Denasa, no Setor Comercial Sul – bem diferente do trabalho habitual do professor, a obra é uma imensa parede vermelha com ondas.

Se ter o artista pela cidade inteira é bom, imagina ter um Athos para chamar de seu. Alguns privilegiados têm! Um deles é o diplomata Francisco Osler, que tem na sua casa projetada por Márcio Kogan uma grande parede, um dos últimos trabalhos do mestre. Enquanto Francisco media acordos de paz pelo mundo (atualmente, o da Colômbia com as Farc), o painel de círculos azuis fica em sua casa, no Lago Norte, esperando o dono que vem de dois em dois meses.

Outro sortudo é o arquiteto Sérgio Parada, que, além de tomar café da manhã todos os dias de frente para uma obra de Athos, conviveu bastante com o artista, com quem fez parcerias em projetos de arquitetura.

Neste mês de julho começam as celebrações do centenário do artista. Amanhã, sábado (1º), a Fundação Athos Bulcão festeja com a abertura de uma exposição, no final da tarde. De lá, você também pode sair com um Athos pra chamar de seu: azulejos, canecas, lápis, ímãs… Tudo com a genialidade de Athos Bulcão.

Bora?

Abertura do Centenário de Athos Bulcão
Sábado, 1º de julho, às 17h
Fundação Athos Bulcão
404 sul, Bloco D
Lançamento do Catálogo do Acervo da Fundação Athos Bulcão e da mostra “Descobrindo Athos”