Uma das novidades mais legais deste ano, em Brasília, fica na 107 Norte. Armária, substantivo feminino, é o nome da loja multimarcas que junta dois conceitos importantes: ausência de gênero (não há distinção entre roupas masculinas e femininas) e sustentabilidade.

Todas as marcas brasileiras garimpadas pela Armária têm produção ambiental e socialmente responsável. Isso significa, entre outras coisas, um processo de fabricação menos poluente, materiais de qualidade, feitos para durar, feitos a mão, com a lógica de consumir menos e melhores coisas.

Coletivo de Dois, FCKT, J541a, LED, Molett, Ocksa e Carlos Penna são as marcas que chegam em Brasília pela primeira vez. Elas têm em comum o fato de terem investido na moda sem gênero, um mercado em crescimento mundo afora (o tal movimento genderless).

Tudo partiu de uma premissa supersimples e revolucionária: você pode vestir o que você quiser. Você pode ser o que você quiser. Roupa é uma forma de expressão da nossa individualidade, e é incrível que a gente tenha demorado tanto pra se tocar do óbvio. Seu direito de escolha não precisa ter limites.

Há alguns anos, me senti esquisita comprando uma camiseta masculina, porque era linda e não tinha igual na seção feminina. Essa sensação esquisita, meio envergonhada, pode parecer boba, mas não é. Ela sempre acompanha situações em que ousamos colocar o pé fora da caixa ou do padrão que construíram pra gente. É um pé fora, um pequeno movimento de mudança que transforma tudo.

A transformação da Armária veio com a união de três amigas: Anderson Falcão, Dayanne Holanda e Gioconda Bretas. Elas combinam no conceito e no bom gosto – as roupas são lindas e ultraconfortáveis.