Viajar é preciso

Em 14 de janeiro de 2013 por Carolina Nogueira

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Não sei vocês, mas o ano está oficialmente começando hoje pra mim. Emendei ano novo com mini-férias, deixei vocês aos cuidados da Dani e voltei hoje, com ano novo e tudo novo.

Incrível como duas semaninhas fora já são o suficiente para revermos tanta coisa, colocarmos tanta coisa na balança. Voltei e nem pareço a mesma – a cidade não parece a mesma, a rotina não parece a mesma.

Cresci em Brasília, numa época em que janeiro na cidade era um grande silêncio. Nada acontecia. Todo mundo estava fora, visitando a família, viajando. Agora isso está longe de ser verdade. Semana passada, nos diazinhos de férias que aproveitei aqui mesmo, fiquei impressionada com as filas dos cinemas, os restaurantes cheios, a programação cultural bombando. Vamos falar sobre tudo isso por aqui.

Mas antes, quero lembrar do tanto que é bom sair um pouquinho, pra poder depois voltar e reencontrar a cidade. Viver outras experiências urbanas, campestres, o que quer que seja, ver como se vive em outras paragens, aprender com a despreocupação dos baianos, curtir as soluções urbanas dos paulistas, conhecer a inspiração de cidades incríveis que priorizam a cultura lá fora… Pra voltar, reivindicar mais de Brasília, viver a cidade de um jeito diferente – e agradecer, aliviada, por tudo o que temos de lindo, de funcional e tranquilo na nossa cidade. Porque viajar é bom e voltar é ótimo.

Se ainda não fez, saia um pouquinho. Mude de ares. Dê um pulinho nem que seja ali do lado, numa cidadezinha diferente, numa fazendinha qualquer.

Quebrar o ritmo – é tudo o que a gente mais precisa pra começar o ano.

  • Seja bem-vinda!

    • carolnogueira76

      Brigada, Paulo! Brigada pelas boas-vindas! 🙂

  • Oi!!!

    Nossa, eu tava falando exatamente isso esses dias: que já se foi o tempo (graças a Deus) que a cidade ficava vazia no carnaval e no fim do ano. Isso aqui não é mais interior não. Prova viva é que a melhor data pra confraternização dos meus amigos em 2012 foi a dois dias do natal, pois nao tinha ninguem fora nessa época. Os bares bombam, as filas pra Agua Mineral, Torre Digital, sao ate desestimulantes e varias festinhas e esqueminhas com musica ao vivo tao sempre cheios tambem. Sem falar nas filas que voce citou.

    Bem, sobre o viajar é preciso, eu acho que sou absurdamente suspeito pra falar. No meu perfil do Facebook, ate colei uma frase do Amir Klink (os livros dele me parecem meio chatos, mas essa passagem é uma mantra pra mim) que resume meu pensamento sobre o tema:

    “Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV.
    Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”

    Beijocas e feliz ano novo!!!

    • Linda a mensagem do Amir…

      • carolnogueira76

        Lindo mesmo! Um mantra!