Há anos eu tinha vontade de me cadastrar como doadora de medula óssea e não sei por que demorei tanto. A gente adia coisas tão fundamentais, por pura falta de prioridade, que é simplesmente injustificável.
Aí eu li a história do André, um menino de 8 anos que é amigo dos filhos da Carol e foi diagnosticado com leucemia. Ele começou a fazer quimioterapia há algumas semanas e vai precisar fazer um transplante de medula óssea, provavelmente no primeiro semestre do ano que vem.
O pai dele publicou um apelo no facebook, pedindo que as pessoas façam o cadastro no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Foi preciso sentir o problema mais próximo de mim para eu levantar da cadeira e ir até o Hemocentro, onde passei 15 minutos (QUINZE MINUTOS).
Não é doação de sangue, eles colhem só 5 ml e basta levar a carteira de identidade. Não precisa de jejum nem nada, é tudo muito rápido e simples. Muito mais rápido e simples se comparado ao problema em questão: a vida de alguém.
Como o banco de dados é nacional, ao fazer o cadastro você pode ajudar não só o André, mas qualquer pessoa em qualquer parte do Brasil. Enquanto duraram os 15 minutos, fiquei pensando na alegria que seria se eu fosse compatível com alguém. Em como seria especial poder ajudar a acabar com um sofrimento tão intenso, de pais, filhos e amigos. Seria algo grande. Grande demais.
Fiquei pensando também no porquê dos adiamentos injustificáveis. E desejei, para mim mesma, uma mudança de postura diante da vida e dos outros. Que eu não espere um problema me atingir pessoalmente para agir. Que eu não me sensibilize só com a dor de quem é próximo. Que eu não adie o inadiável. Amém.
Bora?
Hemocentro
Ao lado do HRAN, próximo ao Shopping Liberty Mall
Das 7h às 18h, de segunda a sábado
Telefone: 160 – opção 2
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Paula
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Juliana Dantas
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Anamaria Souza
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Karol Lima