Sempre senti falta em Brasília daquele bar meio escurinho, com iluminação indireta, sofás confortáveis e clima aconchegante. Um lugar para tomar um drink, bater papo ao pé do ouvido, paquerar, namorar, ouvir música boa e quem sabe até dançar nos dias mais animados.
Alguns já foram abertos e fecharam depois, e eu continuei aquela pessoa órfã da Segunda Lounge e do Quarta Vinil do Gate´s Pub no início dos anos 2000 (se você tem menos de 30 e poucos anos, só ignore esta parte do texto).
Eis que no ano passado surge o Eye Patch Panda, bar com jeito de casa descolada num lugar inusitado – uma sobreloja da W3 sul. Isso mesmo: o bar escurinho vem com o bônus de ser um daqueles espaços que desvirtuam e desafiam a lógica planejada da cidade, ajudando a ressignificar determinada região. E um dos lugares que certamente precisa de ser revitalizado em Brasília é a W3.
Até pelo tamanho, a casa promete “experiências intimistas” de quarta à sábado. Já fui lá e encontrei apenas seis pessoas. Mas já fui ao aniversário de uma amiga num dia de show de rock que virou uma balada lotada e divertidíssima.
Aliás, uma dica: cheque a programação musical para ver se te agrada, pois o bar vai da MPB e samba ao jazz e rock, passando por música africana, dependendo do dia. Aliás, outra dica: é o lugar per-fei-to para dar uma festa de aniversário. Vamos prestigiar as iniciativas legais e ousadas da cidade, gente?
Sempre tenho medo de os lugares mais incríveis fecharem, como ocorre com tantos em Brasília. Outro dia fui ao Lá em casa cuisine, lojinha prática e deliciosa na 208 sul para comprar tortas salgadas e doces e saladas para levar para casa, e descobri que a casa só vai funcionar até o dia 30 de junho. E assim vem acontecendo sucessivamente com um monte de espaços da cidade. Para ajudá-los a sobreviver, frequentá-los é um bom começo.
Bora?
Eye Patch Panda
514 sul, bloco A, loja 16 – Entrada pela W2
Quarta a sábado , das 20h às 2h
Página no face: aqui
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