Esta dica vai para quem tem filhos pequenos ou adolescentes e quer um serviço de transporte que te deixe mais à vontade do que o Uber. Ou para quem é mulher e não quer sentir aquele frio na barriga ao voltar para casa sozinha na madrugada.

É um aplicativo chamado Femitaxi. Talvez você já tenha lido por aí sobre a chegada do serviço a Brasília, que aconteceu em março.

Aqui vai um testemunho de quem está usando o serviço. Além de oferecer motoristas exclusivamente mulheres, o serviço tem uma grande vantagem: um número de telefone disponibilizado no aplicativo para falar sobre a corrida, esclarecer detalhes ou tirar dúvidas.

E quem atende, em geral, é a própria responsável por trazer o serviço para a cidade,  Adriana Falcomer. Ela me disse que um dos objetivos do aplicativo é justamente ofertar transporte para crianças e adolescentes desacompanhados. Sinceramente, achei maravilhoso lidar com uma pessoa, e não com um sistema.

De resto, o aplicativo funciona como os semelhantes: o passageiro se cadastra, delimita o trajeto e pode realizar pagamentos com cartão de crédito ou dinheiro. É possível agendar a corrida com antecedência, facilitando a gincana que é esta vida de mãe e de pai (participativo). Você pode acompanhar o trajeto de seu filho pelo sistema.

Homens podem usar o serviço desde que a motorista concorde, e sempre acompanhados da mulher que pediu o transporte. Ou podem ir sozinhos, caso tenham até 17 anos.

Óbvio que um serviço segregado não é o que esperamos da sociedade. A gente quer ser transportada em todos os meios públicos privados e públicos sem medo, não importa a hora, a roupa, o nível de álcool no sangue. E quer que nossas filhas saibam que a responsabilidade nunca é da vítima, e sim dos homens que a assediem.

Enquanto construímos este mundo que a gente deseja, fica a dica de transporte privado para um país machista e para uma capital sem uma rede de transporte público adequada, tal como eles são.