A bem dizer, estou no buraco do tatu. Bem no meio, no epicentro de Brasília, entre a Asa Sul e a Asa Norte. Me mudei de lá para cá tem três dias – e eu, que adoro primeiras vezes, estou vivendo intensamente minha primeira vez na Asa Norte.
Mudar de bairro é tão legal quanto mudar de cidade, só que mais confortável: você muda verdadeiramente de ares sem o inconveniente da readaptação. Você sabe onde tem tudo, nunca se perde, mas está sempre se surpreendendo com pequenos detalhes.
A padaria diferente, o empório em que nunca tinha reparado, um ritmo mais pausado, uma gente que parece menos de passagem. E uma surpresa de primeira hora: vizinhos.
Há três dias não paro de colecionar pessoas. Um vizinho do terceiro andar convidou meus filhos para serem amigos dos filhos dele. A Rose, minha vizinha da frente, fez questão de trazer o gato dela para conhecer o meu logo que soube da existência do Skate, nosso delicioso vira-lata. O vizinho do lado é o seu Moisés, que não economiza sorrisos, e no segundo andar tem um casal de velhinhos que se apresentou para mim e para as crianças como “a vovó e o vovô do segundo andar”.
Já sinto falta das árvores densas, de vagar pela sua W3, de morar a dois passos da Igrejinha – mas lamento admitir, Asa Sul: não me lembro ter recebido de você tão calorosas boas-vindas.
Meu medo é só que elas sejam tão efusivas quanto breves – e que resistam apenas até que o primeiro grande open-house nos separe. (Mas espero que não.)
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Mariana Moreira
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Vanessa
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Ana
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Érica Montenegro
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felipecampbell76
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Hiran Albuquerque
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CRISTINA DE MIRANDA GOMES
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sidineyr
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janainam