Pela primeira revista realmente feminina do Brasil
Em 01 de junho de 2015 por Carolina Nogueira
Por que as revistas femininas são como são?
Elas se dizem femininas, ou seja, feitas pra nós, mulheres – mas, falando sério: se você, mulher, acreditar em 15% do que escrevem na Cosmopolitan, na Claudia, na Marie Claire e companhia ilimitada, sua vida vai ser algo muito perto de um inferno.
São metas demais de dietas, de produtos de beleza, de moda, de coolitude, de satisfação do seu namorado, de uma boa maternidade. Um padrão inatingível, que faz sofrer muita gente por aí que acredita nele – o que é muito, muito útil para quem vende produtos de beleza, de moda, cirurgias plásticas.
Não acho certo chamar essas revistas de femininas. Elas não são pra gente. Não são sobre a gente. São sobre o status quo. São sobre continuar essa opressão doida que faz a gente sofrer e correr atrás de metas tão sem sentido quanto impossíveis.
Mais do que não retroalimentar esse sistema, o que talvez nos faça mais feliz é poder se cercar de informações, de leituras, de inspirações, que nos empoderem como pessoas e nos lembrem de que podemos ser o que bem quisermos.
A iniciativa desse grupo de meninas que quer repensar o jornalismo feminino no Brasil merece todo o nosso apoio. A ideia delas é fazer uma revista digital e gratuita, bancada por doações e incentivos de nós mesmas, futuras leitoras e futuros leitores, maiores interessados na disseminação de um modelo mais real do feminino.
Bora ajudar? E vida longa para Az Mina.
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