É assim: o mundo está mudando tão rápido, e tudo me parece tão aberto nesse momento, que o que deveria ser um post simples sobre um espaço de co-working ganha título típico da coleção Primeiros Passos, que na minha época marcava os semestres iniciais de qualquer curso de humanidades.
Fui conversar com a Heloisa Rocha, sócia do Co-Piloto, e saí com várias perguntas na cabeça: trabalho é o que te paga as contas? É o que te realiza? É o que te ocupa várias horas por dia? É o seu serviço público ou são seus projetos paralelos? Dinheiro é fundamental?
Entre a turma que aluga espaços de trabalho nessa sobreloja em cima da Endossa você encontra de tudo: agências de publicidade, de redes sociais, ilustradores, artistas, produtores. Gente que aluga uma mesinha, uma sala, sala de reuniões; por mês, por dia, por algumas horas. Gente que está se pagando bem, gente que está se virando apenas, gente que nem ganha dinheiro – mas que troca trabalho e competências com outras gentes que também estão por ali.
Essa foi a parte que mais me impactou: quando recebe interessados em ocupar parte do escritório coletivo, a Helo entende os projetos, escuta, busca canais pra que negócios aconteçam ali dentro mesmo. Para que um alavanque o projeto do outro, para que todos tenham ideias em conjunto, se inspirem, se ajudem, cresçam juntos.
A gente vive tempos esquisitos, arriscados – além de raro, o trabalho está precário, há insegurança, há riscos e há crise. E há, pra piorar, gente tentando nos convencer que combater tudo isso é uma questão apenas de vontade de trabalhar. Não, não é.
Mas a prova de que a gente sabe fazer a nossa parte, e de que apesar dos pesares estamos investidos nisso, está nessa turma aí, que divide mesas, cadeiras, salas – que compartilha espaço de trabalho, vida, projetos e sonhos.
Bora?
Co-piloto
Espaços de trabalho para aluguel
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Ana Chalub
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Isadora Pimenta da Veiga