Conheci a Galeria Almeida Prado pela internet, numa dessas sequências malucas de cliques que você não sabe por onde começou, mas que te leva a um site ótimo e “como assim, eu não conhecia isso?”. Depois de vasculhar as imagens de gravuras, mobiliário e porcelanas antigas, resolvi conhecer o lugar pessoalmente. Sofrimento ao vivo é o melhor de todos, afinal.
Cheguei lá e tive a impressão de que poderia chamar um caminhão de mudança e levar tudo pra minha casa. É um bom sinal, não? Ou sinal de alerta vermelho pro meu cartão de crédito, não sei.
Pra completar, a simpatia do Fábio, dono da galeria, ajuda a te convencer que, se aquela obra te provocou um amor romântico, ela vai ter que morar na sua parede mesmo, mais cedo ou mais tarde. E ele tem paciência. Sempre te deixa à vontade pra olhar, olhar e olhar.
É o que costumo fazer depois de um almoço no Naturetto e um sorvete na Sorbê, meu percurso favorito na 405 Norte. Namoro várias peças ao mesmo tempo, sou moderna nesse tipo de relacionamento, e tenho fé: um dia, quem sabe.
A galeria é pequena, o que pra mim conta super a favor. Lojas pequenas me passam mais confiança do que a imensidão gelada de um showroom. E o forte da casa são gravuras de artistas importantes na história de Brasília: Athos Bulcão, Niemeyer, Lúcio Costa, Burle Marx, Volpi e Galeno são alguns.
A loja também trabalha com restauro de gravuras, documentos e papéis antigos. E além das obras e das fotografias, você encontra objetos de antiquário e móveis das décadas de 1940 a 1970, alguns com aquele pé palito que arrasa o meu coração. Ô lá em casa…
Bora?
Galeria Almeida Prado
405 Norte, bloco C
Terça a domingo, das 12h às 19h
Tel. 3201-8147, 8131-3776 e 8147-1545
www.galeriaalmeidaprado.com.br
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