Nunca vamos esquecer desse sábado

Em 05 de setembro de 2016 por Dani Cronemberger

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Faz uma meia hora que estou aqui, olhando pra tela, pensando em como começar este texto, ou melhor: em como resumir o dia de sábado, e não consigo. Mas agora penso: claro que não consigo.

O sábado provocou na gente, em mim e na Carol, tantas coisas ao mesmo tempo, teve tantos significados, que não dá mesmo pra resumir assim, num lead jornalístico seco e objetivo. A gente precisa de tempo e espaço pra tentar explicar como foi especial aquilo tudo. E pra agradecer vocês por fazerem parte desse momento.

Desde o nascimento do Quadrado que a gente planeja uma celebração ao vivo, pra sair um pouco do virtual. Nunca deu certo antes porque era pra dar certo agora, imagino. A Feirinha do Quadrado foi criada pra marcar um momento de renovação do blog, mas acabou marcando uma renovação de nós mesmas.

Depois de um longo agosto, de uma semana especialmente pesada e complicada, tivemos um sábado de recarga de energia em potência máxima. De retomar a esperança no coletivo, no poder da conversa, dos encontros, da música, da arte, do consumo consciente.

Quanto mais notícias deprimentes a gente lê, quanto maior o sentimento de frustração e impotência diante das enormes dificuldades que o mundo e o nosso país passam, maior é a nossa certeza de que as transformações possíveis – e necessárias – começam no local, no espaço à nossa volta.

Esse tipo de transformação é feita por quem decide se dedicar à arte, nadando a vida inteira contra uma maré violenta e muitas vezes injusta. Por quem decide investir toda sua energia e seu dinheiro em uma nova forma de produção, e vende produtos criados com as próprias mãos.

Por quem aposta sua vida em um pequeno negócio e tenta não ser esmagado pelo sistema. Por quem muda o dia ou a vida de alguém com uma música, uma fotografia, um café, um curso, uma conversa.

A Feirinha do Quadrado ficou lotada de transformadores. Todos os 23 expositores e suas mesas cheias de lindeza, de batalha e de história. A equipe do Ernesto recebendo a gente de braços abertos, o Piquenique-se embelezando o jardim, o The Green Folkies encerrando o dia do jeito mais bonito do mundo.

Fora o Coma Lá em Casa, a Flô e a Luda Lima, que doaram tempo e talento, e ofereceram lindas oficinas. E fora vocês, que lotaram o jardim do Ernesto e fizeram essa troca possível. A gente não vai esquecer esse sábado nunca. Muito, MUITO obrigada.

<3 Olha que lindo o álbum de fotos <3

  • Mariana Carpanezzi

    Foi tão lindo que acordei no domingo feliz feliz. Quanto mais difícil, mais a gente tem que recriar o mundo, porque resistir é muito pouco. Obrigada, meninas.

  • Débora Cronemberger

    Há muito tempo eu não sentia tanta energia boa concentrada. Foi lindo! Parabéns, Carol e Dani, por viabilizarem essa troca de coisas lindas e afetivas.