Eu poderia ser a Roberta, que aparece ali no cantinho da foto. E poderia ser a Mari, também, de quem eu já falei e sempre falo com amor. Houve um tempo na minha vida em que eu dizia que, se tudo desse errado, eu abriria uma floricultura. Que provavelmente iria à falência, porque eu não sou lá muito boa empreendedora e peno pra cuidar da minha meia dúzia de plantinhas. Mas a ideia de passar o dia rodeada de plantas, falando sobre plantas e fazendo arranjos de flores me anima enormemente. Quanto mais eu vivo, mais eu acho que temos muito o que aprender com árvores e ervas.

Esbarrei nessa lindeza de lugar que é o Paisagismo do Cerrado e adorei conhecer a Roberta. Além de vender uma infinidade de terrários (pensar que eu custei a achar quando quis presentear um no ano passado…), ela me contou que também faz entregas de arranjos de flores e monta decoração de casamentos e eventos – inclusive com opções mais naturais, menos conto de fadas, com mais verde e menos espetáculo.

E além de tudo isso, ela organiza workshops de tudo o que você pensar sobre plantas. Cursos de terrários, de arranjos de flores, de hortinhas. Se nossos antepassados ouvissem falar de curso de horta, iam achar muito bizarro ter de ensinar alguém a lidar com a simplicidade da vida presente no ciclo das plantinhas. Mas nosso mundo mudou tanto, passou a girar tão rápido, que o verbo é esse mesmo: precisamos aprender a lidar com a vida. Aprender a plantar, a regar, a evitar as pragas. Estamos longe demais da terra e de seus ciclos.

Então, Roberta, parabéns, mas parabéns mesmo pela iniciativa – e conte-me como sua futura aluna. Já que eu não posso (ainda) ser você, quero pelo menos aprender como seria.