A palavra inovação me emociona. Me encanta. Me estimula. Principalmente porque eu acho que somos, ainda, infelizmente, um país que não persegue como deveria este que é um dos maiores valores do século.

Nada a ver com o tema, mas outro dia ouvi a entrevista de um secretário de Educação que justificava suas reformas no ensino. Ele dizia: “Não estamos inventando nada!”. É incrível que a gente ainda veja nisso um argumento tranquilizador e não radicalmente o contrário.

Mas enfim. Enquanto tem gente que se desculpa por inovar, tem gente que, felizmente, incentiva, estimula e premia quem o faz. Recebi de presente esta notícia ontem à noite: esta semana, Brasília está invadida pelo Movimento HotSpot – uma iniciativa patrocinada pelo Ministério da Cultura que está na cola de projetos inovadores em onze áreas diferentes, como arquitetura, design, beleza, moda, cenografia.

Até agosto do ano passado, centenas de pessoas criaram perfis mostrando seu talento, o que faz e porque quer participar. Agora, a turma do evento começa a circular por dez cidades colocando os criativos em contato, vendo seus trabalhos, fazendo barulho, movimentando a cena. Os projetos selecionados ganham um prêmio de 10 mil reais – porque todo bom projeto merece incentivos para sair do papel.

Pra mim, o mais fofo é que eles criaram uma categoria chamada Ideias – e sabe por que? Porque esse povo é tão ligado que entende que tem muita gente por aí louca para fazer acontecer e que simplesmente ainda não se encaixa. Que tem uma ideia que não é uma música ou um quadro, não é uma foto ou um vídeo – é tudo junto e muito mais.

E tem mais. Enquanto passa pela cidade, o movimento vai agitar as massas. Embora ele comece oficialmente na quinta-feira, desde ontem já tem agitação rolando, com SoundSystem e VJ Suave no Conic e na Rodoviária. Mais do que nunca eu pergunto:

Bora?
Movimento HotSpot
A agenda completa está aqui. (ps: tem show do Dado Villa-Lobos na sexta!)
Para entender o projeto, o caminho é por aqui.