Bem mais que os nossos, os olhos infantis possuem a sagrada capacidade de se surpreender. De reconhecer quando se deparam com algo novo – e de manifestar o entusiasmo que merecem as novidades, de celebra-las, emprestando para os adultos que têm a sorte de conviver com crianças rápidos momentos mágicos de encantamento, que os mais espertos de nós não deixarão nunca de aproveitar.
Foi com sacrifício que convenci meus filhos a dar uma volta de bike ontem no Eixão – e com mais sacrifício ainda que eles foram lenta e pacientemente tangidos no caminho de volta (quem disse que Brasília é plana nunca tentou convencer dois pequenos de seis anos, com sede e com fome, a subir do Eixão à W3 em pleno meio-dia).
Mas no meio do caminho havia uma passarela subterrânea. Ou um parque de diversões, a julgar pela reação deles.
Não sei se foi pelo território inusitado, subterrâneo, que eles jamais haviam notado na paisagem, ou se pela graça de brincar de eco enquanto cantavam e pedalavam e apostavam corrida pelo túnel afora – mas as passarelas subterrâneas foram sensação entre meus jovens ciclistas.
Capturada pelo momento de novidade deles, peguei emprestados os olhos novos de criança: olha, nunca tinha reparado nessa curva que o desenho do teto da passarela faz na entrada. Elas estão até limpas, hein?, essas passarelas subterrâneas. E todas pontuadas por street art – algumas, bem interessantes. Será que é seguro passear por aqui também durante a semana?
É o exercício para a semana que começa: que nossos olhos não percam nunca o hábito de procurar o novo e o instigante na beleza que, de tão cotidiana, se torna invisível. E disso, sinceramente, Brasília é um prato cheio.
Bora?
Como é mesmo o nome dessas belezas de flores que estão florindo em pleno outono? E por falar em outono, já reparou como as folhas e flores das árvores que caem levadas com o vento se parecem com uma neve colorida e tropical?
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tata flor (@tataflorentino)
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