Tem aqueles amigos de quem a gente admira o trabalho, né? E tem aqueles amigos de quem a gente é fã. Fã de carteirinha. É o caso do Tino Freitas, a primeira pessoa de verdade que eu conheci que escrevia livros infantis – e que livros infantis! – e que, sem nem saber que estava fazendo isso, me mostrou que isso era possível. O Tino é meio fado-padrinho dos meus livros.

Só que tem mais um detalhe: além de escrever livros incríveis, ele toca há dez anos um projeto mais incrível ainda. O Roedores de Livros é uma biblioteca infantil instalada dentro do Shopping Popular da Ceilândia, que oferece pras crianças de lá – filhos de feirantes e gente da comunidade ao redor da feira – uma opção linda de lazer, de abertura de mundo. O acervo tem livros incríveis, os mais legais que eu conheço, e eles sempre pensam em rodas de leituras, em encontros criativos. Se isso não é construir um futuro mais bonito pro mundo, eu não sei o que é.

Pra comemorar os dez anos do Roedores, eles estão trazendo um tantão de gente boa, daqui de Brasília e de fora, pra encontros que vão ser verdadeiras celebrações da literatura infantil. Tem a Alessandra Roscoe, super pesquisadora, contadora e escritora, o Zé Rezende Júnior, escritor infantojuvenil e um dos poucos jornalistas de quem eu não tenho vergonha de dizer que invejo o texto, Romont Willy, um ilustrador incrível da Ceilândia de quem ainda volto a falar aqui – sem falar no próprio Tino e em uma surpresa que eles revelaram ontem.

A Mariana Massarani, ilustradora carioca que mora no meu coração, vem este sábado ao Roedores, visitar a exposição dela que está rolando por lá e bater um papo com todo mundo.

Pra quem acha literatura infantil um assunto sério como eu, apenas uma palavra: imperdível.