Quinta é quase sexta

Em 22 de janeiro de 2015 por Carolina Nogueira

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Em primeiro lugar, permita-me discorrer sobre o conceito que cunhei sobre música-boa. Segundo eu mesma, música-boa é aquela de que você gosta. Ponto. Aquela que você cresceu ouvindo. Ponto. Aquela que embalou as festinhas que você guarda na memória, seu romance de adolescência, a aventura que fez com seus amigos. Ponto.

O que acontece quando você sai do seu habitat natural é que você pode passar uma vida procurando um lugar que toque música-boa – sem encontrar. Eu fui a bares que tocam música incrível em vários lugares por aí – e amei descobrir milhares de outros sons, outras trilhas sonoras. Mas chegar num canto, relaxar, ficar feliz, reparar na música e se dar conta feliz da vida que estão engatando uma sequência interminável de música-boa, pra mim, só aqui. Foi o que rolou quando conheci o Santuário.

Preciso dizer que achei o lugar incrível. A arquitetura incrível, a decoração incrível, o balcão incrível, a oferta de cervejas incrível. Na trilha sonora, adivinha?, música-boa. Só música-boa.

A única coisa difícil de lidar no Santuário, mas difícil mesmo, é o preço. Porque é caro. Mas é caro. Mas é caro mesmo. Um chopp de 300ml custa entre dez e, sei lá, 28 contos. Tá certo, são só cervejas artesanais, vinte chopps diferentes vindos de toda parte do mundo, tal e coisa – eu até entendo. Mas é caro mesmo assim.

A oferta diferenciadíssima de títulos cervejeiros talvez devesse estar lá no começo do texto se isso fosse uma matéria jornalística, mas a blogueira sincera ataca novamente e preciso dizer que não entendo nada de cervejas com toques amadeirados, notas de amêndoas e sei lá o que. Eu provo e acho bom ou não acho bom. Ponto.

[E nisso o Santuário manda bem, porque rolam mini-cervejinhas com a metade do tamanho e a metade exata do preço, o que permite desavisados como eu provar o que bem entendem sem deixar os dois olhos da cara na saída – a gente deixa um só, brinqs!]

Provei várias cervejas gostosas, outras que me deixaram instantaneamente doidona, uma com gosto esquisito. Vi um monte de gente bacana, troquei altas ideias com a galera do bar, me senti em casa, comi uma empanada deliciosa, ouvi um extenso e delicioso repertório de música-boa. Ou seja, amei o Santuário e vou voltar mil vezes.

Ai, meu bolso.

Bora?
Santuário 
CLN 214, bloco C, loja 27
3039-5667
Segunda a sábado do meio-dia à 1h da manhã

  • Fernanda

    Musica-boa, musica-boa, musica-boa!!! Você tirou as palavras da minha boca a respeito desse lugar. Aliás, corroboro com vc em muitas coisas. Difícil ver hj, na internet, no trabalho, na faculdade, na vida, pessoas como vc! Mulher de opinião, inteligente e com bom gosto e, principalmente, bom-humor! Vc está de parabéns! Adoro seu blog, apesar de acompanhá-lo a pouco tempo.
    Brasília é uma cidade maravilhosa. Amo de paixão. Mas é difícil encontrar lugares como o santuário. Para mim, um achado.

  • Roni Neri

    Embora o tema seja cerveja – a qual adoro, diga-se de passagem – concordo plenamente com sua opinião sobre música.

    • Paulo

      Gosto de lá e sei que o lugar é para beber, mas eles poderiam ter mais opções de comida, para não ficar doidão depois de 4 copos.

  • Ana Chalub

    Da próxima, me convida. É quase do lado da minha casa e eu amo, amo cervejas artesanais – e mesmo as nem tão artesanais assim que eles têm no cardápio. E a empanada é mesmo ótima. Além do preço, destaco o tamanho do lugar como um ponto negativo para quem, como eu, sai tarde do trabalho e gosta de sair no meio da semana – tá sempre lotado.