Em primeiro lugar, permita-me discorrer sobre o conceito que cunhei sobre música-boa. Segundo eu mesma, música-boa é aquela de que você gosta. Ponto. Aquela que você cresceu ouvindo. Ponto. Aquela que embalou as festinhas que você guarda na memória, seu romance de adolescência, a aventura que fez com seus amigos. Ponto.
O que acontece quando você sai do seu habitat natural é que você pode passar uma vida procurando um lugar que toque música-boa – sem encontrar. Eu fui a bares que tocam música incrível em vários lugares por aí – e amei descobrir milhares de outros sons, outras trilhas sonoras. Mas chegar num canto, relaxar, ficar feliz, reparar na música e se dar conta feliz da vida que estão engatando uma sequência interminável de música-boa, pra mim, só aqui. Foi o que rolou quando conheci o Santuário.
Preciso dizer que achei o lugar incrível. A arquitetura incrível, a decoração incrível, o balcão incrível, a oferta de cervejas incrível. Na trilha sonora, adivinha?, música-boa. Só música-boa.
A única coisa difícil de lidar no Santuário, mas difícil mesmo, é o preço. Porque é caro. Mas é caro. Mas é caro mesmo. Um chopp de 300ml custa entre dez e, sei lá, 28 contos. Tá certo, são só cervejas artesanais, vinte chopps diferentes vindos de toda parte do mundo, tal e coisa – eu até entendo. Mas é caro mesmo assim.
A oferta diferenciadíssima de títulos cervejeiros talvez devesse estar lá no começo do texto se isso fosse uma matéria jornalística, mas a blogueira sincera ataca novamente e preciso dizer que não entendo nada de cervejas com toques amadeirados, notas de amêndoas e sei lá o que. Eu provo e acho bom ou não acho bom. Ponto.
[E nisso o Santuário manda bem, porque rolam mini-cervejinhas com a metade do tamanho e a metade exata do preço, o que permite desavisados como eu provar o que bem entendem sem deixar os dois olhos da cara na saída – a gente deixa um só, brinqs!]
Provei várias cervejas gostosas, outras que me deixaram instantaneamente doidona, uma com gosto esquisito. Vi um monte de gente bacana, troquei altas ideias com a galera do bar, me senti em casa, comi uma empanada deliciosa, ouvi um extenso e delicioso repertório de música-boa. Ou seja, amei o Santuário e vou voltar mil vezes.
Ai, meu bolso.
Bora?
Santuário
CLN 214, bloco C, loja 27
3039-5667
Segunda a sábado do meio-dia à 1h da manhã
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Fernanda
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Roni Neri
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Paulo
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Ana Chalub