Senhoras e senhores, vamos comigo dar uma volta pelo meu bairro descobrindo cantinhos deliciosos para combater o frio da melhor maneira que existe: cultivando nossa sacrossanta barriguinha de pão.

Começamos com a deliciosa surpresa que é o café da manhã do Varanda, uma das minhas padarias preferidas na cidade. Ficou linda demais a reforma do lugar, que agora tem balcão e serve delícias ao longo do dia. Os sanduíches que provei ficaram acima da minha expectativa, o que não é difícil, com aqueles pães maravilhosos. A carta de chás é simples mas foge do óbvio e não decepcionou esta chazeira compulsiva que vos fala. Único ponto negativo que mereceu consideração do Tuti e do Amora são os ovos mexidos que custam R$ 10, vem uma porçãozinha de nada e, sinceramente, o que eu faço lá em casa ganha. Mas juro que é a única coisa levemente fora do perfeito naquele lugar – e a voz do povo comprova. No dia que eu fui estava até tranquilo, mas a própria atendente me disse que, sim, rola fila. A estratégia pode ser chegar dez em ponto, que é a hora que abre, e garantir seu lugar.

Outro lugar que amei e que ainda não conhecia é o Il Pandrino e seus incríveis sanduíches. Essa turma joga exatamente no meu time: o dos sandubas, das torradas, das bruschettas, bem mais que dos burguers. Eu adoro pão com tudo – e lá opção é o que não falta. Pensa assim: como se fosse uma pizzaria de sanduíches. Todas as combinações possíveis dentro de um pão delicioso. E eles servem vinho. Delícia alimentar da vida.

Pra fechar a lista de delícias glutenlovers, uma confeitaria húngara chamada Duna. Só Brasília, mesmo, essa terra de passantes, pra ter uma confeitaria húngara. Acho que deve ter capitais europeias que não tenham uma confeitaria húngara, mas em Brasília tudo é possível. Nesse frio, eles andam fazendo sucesso com as sopas típicas da Hungria, mas como todos aqui sabemos, para que negar não é mesmo, o meu negócio são os doces. Ataquei uma torta de nozes e anotei na listinha mental uma tortinha de vários chocolates e uma torta de maçã que não me escapam na próxima.

Bora todo mundo, porque vocês já sabem como funciona: se todos engordamos juntos ninguém se sente gordo e ficamos todos em paz.