Um filme em defesa da família (quer fazer parte?!)
Em 02 de julho de 2015 por Dani Cronemberger
Leitores e amigos queridos, este post é um pedido de ajuda, para que não haja dúvida. Uma ajuda pra fazer um lindo projeto de documentário em curta-metragem sair do papel! Vamos lá, vou começar do começo.
Apresentei esse projeto de documentário ao final de uma oficina que fiz na Câmara dos Deputados, como parte de uma seleção de curtas que seriam produzidos pela TV Câmara. A oficina começou no ano passado, em outro momento político, mas a seleção só ocorreu neste ano, já com a nova configuração do Legislativo.
Não havia a menor possibilidade de uma família de duas mães ser tema de documentário na Câmara neste momento, eu sabia, então pus o projeto no bolso e fui pra casa desanimada, triste com o cenário não só político, como social que vivemos neste momento – e repito a palavra momento para me lembrar de que a História é feita de idas e vindas, de avanços e retrocessos, e que esse movimento é contínuo, mas algumas conquistas não voltam atrás.
Aí me lembrei da frase que minha amiga Lara ouviu de uma deputada que respeito muito, depois de escutar lamentos e frustrações sobre esse cenário conservador: “Minha filha, a desesperança desmobiliza.” Ela, uma deputada de 80 anos, há décadas dando murro em ponta de faca, deu uma aula de coragem em uma frase. E aí, semanas depois, o professor da oficina de documentário me manda a mensagem: “Vamos produzir seu curta?”
Era o Get, cineasta premiado no Festival de Brasília, colocando equipamentos, estrutura e equipe à disposição pra gente começar a filmar o documentário de forma independente – a melhor forma que poderia existir. Outras pessoas foram se juntando a nós, e foi tanta gente legal, envolvida emocionalmente com a história e com seu propósito, que a frase da deputada passou a me visitar com frequência. Mas, desta vez, era eu agradecendo a esperança e a mobilização. A chance de ter uma voz, de reagir de alguma forma.
“Em defesa da família”, bandeira preferida dos parlamentares conservadores, é também o nome do filme, que mostra o cotidiano de uma família absolutamente comum e especialmente bonita: a família de Vanessa e Marília, juntas há 13 anos e mães de três filhos – Samuel, Felipe e Mateus. As imagens passeiam pela rotina deles, igual à de qualquer outra família: o almoço de domingo, o café da manhã, a festa junina na escola. Enquanto isso, o som ambiente é invadido, em tom cada vez mais agressivo, pelos discursos de parlamentares dentro do Congresso Nacional.
As intenções são várias, mas talvez haja uma principal: focar o olhar no que realmente importa, que são as pessoas reais que habitam nos discursos de medo e de raiva. É preciso focar o olhar nas pessoas, que vivem suas vidas a despeito das invasões agressivas em seu cotidiano. As pessoas são mais importantes. O amor é mais importante, e acredito que ele pode ser mais didático do que as palavras.
Porque estranhar uma realidade distante de você, que não integra seu universo social, é de certa forma compreensível, apesar das famílias de duas mães ou dois pais serem cada vez mais visíveis no mundo inteiro, felizmente. Mas para incluir qualquer grau de agressividade, de raiva ou de vontade de combater a existência do outro, de impedi-lo de ter direitos iguais, certamente é preciso uma boa dose de infelicidade e desamor.
Para encerrar, volto ao assunto da primeira linha: precisamos da sua ajuda! Para pagar a equipe técnica desse filme, colocamos no ar hoje uma página de financiamento coletivo. Tem várias formas de contribuir, para todos os gostos e bolsos. Sem vocês, gente, esse filme não sai. Conclusão: é claro que ele sai! :o)
Bora?
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E, se puder, faz barulho também?! Compartilhe com os amigos, com a família, com o vizinho, com o porteiro!
PS: Marília, Vanessa, Get, Hiran, Cícero, Cecília, Luda, Allison, Raul, Café Savana, Stans Chocolates, Adriana, Giovanna, Assis e todo mundo que ainda vai participar dessa história – vocês são um presente. Muito, muito obrigada. Um abraço especial na personagem principal deste filme: uma família querida, amorosa e cheia de coragem.
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