Talvez Brasília não seja pequena

Em 20 de novembro de 2012 por Carolina Nogueira

A Dani ri de mim quando eu falo que quando uma obra te incomoda significa que é arte. Pra mim, emoção é para os fracos, coisa de novela e propaganda. Arte incomoda – tira você do lugar onde estava e coloca em um outro, cria conexões, te faz pensar.

Confesso que já estava inclinadíssima a falar do lançamento do livro do Virgílio Neto antes mesmo de conhecer melhor a obra dele. Os poucos desenhos que tinha visto no Ideia Fixa já tinham me deixado curiosa – mas espiar o livro dele lançado pela Bolha editora, “Talvez o mundo não seja pequeno”, me deixou ainda mais empolgada.

O Virgílio é de Brasília e já foi designer comercial, até investir mais pesado na própria arte e enveredar por um trabalho mais autoral. Acho as temáticas dele muito intensas: crianças, um toque clownesco bizarro, gente do avesso, gente inacabada – tudo composto de um jeito leve e forte ao mesmo tempo. Para chegar lá, ele passeia pelo desenho puro e duro, passa docemente pela aquarela e aceita interferências como costura e colagens.

Ou seja: é bonito, é novo e é arte. E é genuinamente brasiliense, coisa que deve – e vai – ser celebrada.

No sábado rola a abertura da exposição dele “Tudo quer ser”, junto com o lançamento do livro e de uma nova revista, batizada de Sem Registro. Quer mais um motivo? O evento acontece no espaço Laje, uma casinha delícia na W3 sul, com um astral genial. Oportunidade rara de badalar, ver – e de preferência, comprar – lindezas moderna e autenticamente nossas.

Bora?
Virgílio Neto & revista Sem Registro
Sábado, 24 de novembro
Das 16h às 22h
Espaço Laje
SHIGS 708 Bloco A Casa 47

  • Myrna Ferreira Camargo

    Boa sorte e sucesso, meu passarinho!!!!

  • Betânia Abreu

    Com certeza vai se SHOW!!!