Eu assumo: tinha preconceito. Eu, adolescente brasiliense, tinha preconceito de nascença contra goiano, mais especificamente goiano de Goiânia. Achava que era atávico, tinha que ser assim e pronto.
Daí que, de repente, uma avalanche de bons goianos caiu na minha cabeça. Goianos poéticos, goianos artistas, goianos roqueiros, goianos gente-finíssimas, goianos melhores amigos, goianos engraçados, com um teor ultra-ácido de humor, companheiros, hospitaleiros… A lista é infinita.
Resultado é que agora eu tenho preconceito, só que ao contrário. Quando alguém me diz que é goiano – a menos que tenha muita bossa de agroboy – eu já curto logo de cara. Já gosto de graça.
Parte desta responsabilidade é dos meninos do Objeto Encontrado. É difícil encontrar um lugar mais cool e mais hospitaleiro ao mesmo tempo. Foi por lá que conheci o trabalho do goianíssimo Oscar Fortunato, artista plástico autor das serigrafadas que já ocuparam as varandas do café.
A ideia, que volta a ocupar o Objeto amanhã, é simples: o Oscar traz de Goiânia as artes prontas de várias de suas peças. A gente leva camisetas, bolsas, moletons – qualquer suporte em algodão está valendo. Por R$ 20, pronto, levamos uma peça devidamente serigrafada pelo Oscar.
Na última edição o tema era Pessoas Soltas. Desta vez, ele desenvolveu umas artes sob medida para nossa capital – na melhor delas, JK, obviamente, é de Jack Kerouak. Por que?, você tinha pensado outra coisa? ;o)
Pelo que andei bisbilhotando no insta do @oscarfortunato, vai rolar também a série maneiríssima de adesivos goiano-bairristas que ele desenvolveu – como, por exemplo, o quadradinho com o símbolo do Césio na tabela periódica. Humor auto-derrisório da melhor categoria.
O trabalho do Oscar me deixou tão curiosa que fui atrás de entender o adesivinho amarelo aí da foto. Vai, vizinhos: ensina aí pra gente do quadradinho o que quer dizer “rensga!”.
Bora?
Serigrafada do Oscar Fortunato no Objeto Encontrado
Sábado, 27/04, a partir das 16h
CLN 102, fundos do bloco B
3326-3504
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Hiran
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Thiago
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Lika