Chega nada! Dessa vez não vou nem dar tempo da nostalgiazinha pós-Festival se instalar. Hoje já tem mais. Bora?
Uma das minhas especialidades é ter amigos que fazem filmes incríveis. Hoje, Cecília da Fonte, minha amiga cineasta pernambucana arretada, traz o Parquelândia dela para o Jiló na Guela, cineclube que acontece no Pardim.
O Parquelândia mora num lugar especial do meu coração porque eu vi esse filme ser feito na cabeça, nos sonhos e na realização dessa garota intrépida. O resultado é um filme livre, destemido, sensível, poético como ela. Que conta as histórias de um parque de atrações itinerante, que passeia do interior do Piauí ao interior de Pernambuco, levando com suas luzes fracas e gambiarras uma promessa de diversão pra quem tem quase nada.
Uma crônica simples mas com uma mensagem sofisticada, que fala do desejo de liberdade dessas pessoas nômades que paradoxalmente as submete a uma relação de exploração no trabalho. No pano de fundo, a ilusão de vender alegria e diversão traduzidas numas luzes meio fracas e nuns desenhos meio toscos.
É um filme lindo, desses que deixa a gente pensando em liberdade e vinculação, no que é sentir alegria – e no tamanho desse Brasilzão que a gente deixa de ver. Jeito lindo de encerrar essa semana linda de Festival. Com uma cervejinha na segunda-feira – não tem jeito de ficar melhor.
Bora?
Parquelândia no Jiló na Guela
Hoje, 20h
Pardim
CLN 405 Bloco A