Precisa nem explicar que todas as exposições de arte do CCBB são absolutamente imperdíveis. A última, do Kandinsky, foi sucesso absoluto de público e de crítica da minha casa. Toda vez que a gente não tinha mais o que fazer da vida, o Pedro vinha:
– Vamos na exposição do Kandinsky?
– De novo, Pedro?
E a gente ia. De novo.
Não vejo a hora de mostrar pra ele esse a-cha-do que faz parte da nova exposição do CCBB, Ciclo. Inspirada no centenário do ready-made inventado por Marcel Duchamp, a exposição conta com vários artistas, de diferentes gerações e origens, que reinterpretam a ideia de criar com o que temos – com os materiais da contemporaneidade, os objetos do dia-a-dia. A ideia de que tudo pode virar arte.
Tudo. Até biscoitos.
Uma maquete de Brasília foi construída pelo artista chinês Song Dong (e esse nome fofinho?) com biscoitos e todas as comidas que nos fazem pensar na casa da bruxa do João e Maria. A partir de amanhã a gente pode ver essa cidade onírica, admirar, pensar, olhar, curiar. E, no sábado, a gente pode comer.
É isso aí: sábado, a partir das 11h, a gente vai poder devorar essa cidade feita de biscoitinhos e delícias.
Isso, sim, é que eu chamo de arte.
Bora?
Exposição Ciclos, no CCBB
Abertura amanhã, quinta, 5/2, a partir das 9h
Performance brasiliofágica da obra de Song Dong, sábado, 7/2, às 11h
SCES, Trecho 2
3108-7600
-
Zélia Pereira barbosa
-
Neide