Fechado há cinco anos por decisão do Ministério Público porque (incrível) o prédio não tinha condições de garantir a conservação do acervo, o Museu de Arte de Brasília (MAB) foi esquecido em algum lugar do passado, lá entre o Palácio do Alvorada e a Concha Acústica. O único alento é poder ver parte das suas obras em exposições temporárias.
Algumas estão expostas hoje no Museu Nacional, atual responsável pelo acervo do MAB. Outra parte integra uma exposição na Câmara dos Deputados, que reúne, até dezembro, 40 obras de 11 artistas inspirados na geometria. Tem gente como Amilcar de Castro, Athos Bulcão e Rubem Valentim.
No térreo do Museu Nacional, outro punhado de obras do MAB, de Galeno a Leonilson, misturado com parte do acervo do próprio Museu Nacional. No meio disso, tem um dos artistas mais talentosos dessa nova geração de Brasília: Breno Rodrigues, que descobri na Galeria Almeida Prado. A fachada do seu bloco fica mais original – e linda – com ele.
É bom poder ver um pedaço do MAB espalhado por aí. Mas é pouco, muito pouco perto das 1.200 obras do acervo desse museu, que já agonizava muito tempo antes de fechar pra uma reforma interminável. São pinturas, gravuras, desenhos, fotografias e esculturas de 1950 até 2001. “Um bem cultural imprescindível para a cidade e para a região”, segundo a Secretaria de Cultura do DF. E cadê o MAB? Alô, tem alguém aí?
Bora?
Museu Nacional
Esplanada dos Ministérios
Terça a domingo, das 9h às 18h30
Entrada gratuita
Tel. 3325-5220
Exposição do acervo do Museu de Arte de Brasília
Gabinete de Arte da Presidência da Câmara dos Deputados
Até 2 de dezembro
Sábados, domingos e feriados, das 9h às 17h
Entrada gratuita
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Cacau Diniz
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Hiran Albuquerque