Pra mim é esse o segredo da vida. Tem gente que encontra no amor, em um filho, em uma viagem. Em um livro, em um filme – e muitos, mas muitos mesmo, encontram no prazer de fazer alguma coisa. No prazer de desenhar, de escrever, de tocar uma música. De aprender a cantar – e aprender a estar entregue naquele momento, completamente entregue, ser só você e a música, ou só você e as tintas, ou só você e o texto que você acabou de parir. Você olha pra ele, você se reconhece, tudo faz sentido.

Quando conheci a Rosa, que é amiga de uma amiga, vi essa verdade na paixão dela pela costura. E fiquei acompanhando aqui de longe o novo projeto dela, Costuras e Vinil, ganhando forma, conquistando os primeiros corações.

Hoje, tropecei em um dos cursos que ela oferece: de cosplay. Eu tenho profundo respeito pelo mundo imaginário – incluindo aí essa galera meio doida que se apaixona tanto pelas histórias em quadrinhos, pelos desenhos animados, que viram adultos que brincam. Leia de novo isso aí: adultos que brincam.

A Rosa partilha do mesmo respeito e criou um curso especial pra essa turma (ou pra quem os ama, já que a costura é uma das linguagens oficiais e universais do amor). Fiquei pensando que esse curso é um inception do amor ao fazer, ao reconhecimento: quando o amor aos quadrinhos vira ofício da costura. Um amor ao fazer dentro de outro amor ao fazer.

Tem curso de bonequinhas de pano, curso de ajustes, curso de modelagem de alta costura. Tudo com vinis tocando como pano de fundo e a celebração do encontro como marca registrada.

Música, amor ao fazer, encontros, costurinhas. Sério: esse é o sentido da vida.