Quando decidimos fazer a Feirinha do Quadrado no Museu Vivo, uma das nossas grandes preocupações foi mostrar pra vocês não só esse jardim lindo, nem só o acervo do museu – mas também  dar visibilidade às iniciativas culturais muito bacanas que acontecem dentro daquele espaço público, operadas por artistas incansáveis que, muitas vezes sem recursos, se desdobram pra oferecer cursos e oficinas pra comunidade.

As casinhas que um dia foram hospital, abrigo dos candangos, hoje guardam um espaço muito especial de aprendizado de ofícios – tocados por artesãos que são conhecidos entre os artistas da cidade pela seriedade e rigor. Durante a Feirinha, você vai ter a grande oportunidade de partilhar um pouquinho desses saberes incríveis em workshops que vão te dar o gostinho dessas técnicas.

Gravura com ponta seca em acrílico, conhece? Pois saiba que em quatro horas você pode sair da Feirinha com sua própria gravura linda, feita nessa técnica incrível que explora até a possibilidade de relevo no papel. Já fiz gravura por dois anos – e te confesso que o ritmo, o rigor, a beleza dessa técnica até hoje moram em mim como um lugar de refúgio, pra onde eu posso correr quando o mundo aqui fora fica muito difícil. Então aproveita: na Feirinha teremos 15 vagas pra oficina de gravura, conduzidas pela Eliana e pela turma do Gravura em Foco, lá do Museu Vivo.

Na casinha rosa do Museu funciona o ateliê de reciclagem de papel e cartonagem, uma iniciativa da Fundação Pedro Jorge – que faz um trabalho bem bacana de capacitação de moradores da Estrutural. A Rose e a Gizelma vão conduzir essa oficina que simplesmente transforma folhas de bananeira em papel artesanal. Parece impossível? Não é. E o resultado delas é muito lindo. São também 15 vagas pra oficina de papel reciclado.

Complementando a programação, e pensando em dar uma atividade bem legal pros pequenos que acompanharão vocês na Feirinha, vamos realizar em parceria com o Limonada duas oficinas para a criançada. Primeiro, uma oficina de horta pra ensinar a criançada o que todo mundo está precisando demais aprender: a plantar, colher, entender os ciclos e comer saudável. Segundo: a turma do Camelô Camelo vai ensinar a fazer flipbook – aquele livrinho de animação maravilindo. Não me olha com essa cara, eu sei que dá vontade da gente que é adulto fazer também. Acho que se sobrar vaga, tudo bem. Mas a princípio, são 15 vagas também, pra cada oficina, pra crianças a partir dos sete anos.

Que tal essas quatro oficinas lindas? Isso é apenas uma amostra do tanto de amor que a gente está colocando na preparação dessa Feirinha – pra que todo mundo se divirta, celebre junto com a gente o nosso patrimônio, e descubra a força que os artistas dessa cidade tem.