Sinceramente, gente. Sinceramente. Que safra de músicos, essa cidade. Que momento. Já parou pra ouvir a música autoral brasiliense? Especialmente a instrumental? Pois deveria.

Falta espaço maneiro pra tocar, sobra lei do silêncio – mas bem maior que o conservadorismo reinante é o talento dos nossos músicos. Costumo explicar pra quem é de fora que isso deve ser herança da forte tradição da hoje sucateada Escola de Música e da Escola de Choro Raphael Rabello. Fato é que tem uma turma grande, ultra talentosa, com um gosto musical pra lá de fino, fazendo a diferença pela cidade afora.

Gostaria muito de tirar uma onda dizendo que o Esdras é da minha família, já que compartilhamos sobrenome de árvore frondosa, mas infelizmente não é o caso. O talento musical é todo dele, mesmo. Aliás, convenhamos: a pessoa compõe maravilhosamente, toca maravilhosamente e cozinha maravilhosamente com a Mari. Alguma coisa o Esdras deve fazer mal, não é possível.

Bom, isso pra dizer que sexta-feira o Esdras toca em formação de quinteto na maravilhosa Cervejaria Criolina, numa noite que promete ser memorável.

Vai ser o show de lançamento do disco que gravado pelo quinteto ao vivo Sesc da Ceilândia em maio. Quem comprar antecipado leva ingresso com cd por vinte reais. Além disso, os cinquenta primeiros que chegarem levam um cookie feito pela Mari, cortesia do Coma Lá em Casa. Segundo o Esdras, “é um mimo e pode salvar a larica, depois de algumas cervejas”.

Além dos músicos incríveis do quinteto (Marcus Moraes, Léo Barbosa, Thiago Cunha e Rodrigo Balduino), a noite vai contar com participações super especiais da Claudia Daibert Consuelo e da Nanan Matos. Nas paredes, projeções lindas do Vj Boca.

Vai ser lindo, diz meu (falso) primo. E eu concordo.